2020 está se encerrando e as tendências do próximo ano já começaram a se definir. No setor de RH, que precisou de uma grande transformação devido à pandemia, alguns pontos vão ser aperfeiçoados.

Diversas empresas estavam em mudança para uma gestão humanizada. A crise do Covid-19 e distanciamento social mostrou o quanto essa medida é importante e estratégica. Por isso, o trabalho com características mais humanizadas, colocando o colaborador como protagonista, deve se manter.

Quer saber os aspectos estão em alta para 2021 no setor de RH? 

1- Tecnologia

A grande aposta é o desenvolvimento e maior uso de tecnologias na área de Recursos Humanos. Ferramentas digitais utilizadas para otimizar alguns procedimentos e facilitar na tomada de decisões.

A digitalização em recrutamentos, treinamentos, e automação de processos traz mais agilidade, possível redução de custos – principalmente a longo prazo -, diminui erros humanos. 

Implementar tecnologia e digitalização nas diversas áreas que uma gestão de pessoas pode abordar é forte tendência para o próximo ano.

2- Diversidade e inclusão

2020 foi um ano em que as pautas de diversidade e equidade estiveram muito em alta. Muitas lutas por igualdade foram colocadas em foco e as empresas perceberam a necessidade de inclusão.

Algo negativo que foi notado é que softwares, que facilitam o processo de recrutamento, utilizavam características dos colaboradores da empresa. O que dificultava a diversidade dentro da equipe. Alguns gestores estão revendo a forma que aplicam essas ferramentas, para que mais talentos tenham a oportunidade de integrar o quadro de colaboradores.

É um passo muito importante para o desenvolvimento do país. Uma vez que foi exposto o tamanho da desigualdade das oportunidades para diferentes grupos presentes na sociedade.

Isso motivou diversas empresas realizarem parcerias e planejarem projetos sociais para que a sociedade como um todo se beneficie.

3- Cultura organizacional

Durante períodos de distanciamento social, muitos gestores se viram na necessidade de realizar transformações referentes à cultura organizacional de suas empresas. Essas transformações precisam ser estratégicas, planejadas e contínuas.

A pandemia gerou diversas crises e deixou claro os diversos problemas que uma instituição poderia ter ou já tinha. Uma pesquisa realizada pela Korn Ferry, em maio, mostrou que novas práticas vão ser implementadas, pois 47% das organizações pretendem estimular mais transparência e frequência na comunicação com os colaboradores. O objetivo é deixar os gestores ou dirigentes mais abertos e que seja uma via de mão dupla.

Por mais que diversos meios de comunicação se tornaram digitais, durante 2020, a intenção é de integrar toda a equipe da empresa.

4- Atenção à saúde mental e bem-estar

Uma necessidade que foi notável em 2020, com a pandemia, foi o cuidado com a saúde mental do colaborador. Esse fator faz parte da experiência do funcionário, que é muito importante. Principalmente, quando se considera a valorização e retenção de talentos.

Quando o país estava no ápice da quarentena, diversos locais com lockdowns, um período de muita incerteza expôs o quanto o psicológico das pessoas podia ser afetado. Pesquisas apontaram um considerável aumento em casos de depressão, crises de ansiedade, crises de pânico e estresse. 

Algumas pessoas descontaram no trabalho, viraram workaholics. Com um regime de home-office, imposto pelo distanciamento social, não conseguiam separar ambiente de trabalho e ambiente pessoal. Isso ocasionou diversos burnouts. Nada mais é do que esgotamento mental e físico, que muitas pessoas apelidaram de síndrome do esgotamento profissional. Estima-se que 32% dos profissionais do país possam padecer dessa síndrome. 

Sendo assim, muitas organizações perceberam que precisam implementar medidas que prezam a saúde mental de suas equipes. Estimular o cuidado e bem estar pessoal também se tornou uma estratégia para que o desempenho e produtividade dos colaboradores não diminuam.

5- Flexibilidade

Já estava sendo notada uma certa flexibilidade em modos de trabalho, horários e até vestimentas. Isso porque, agora, a geração Z está em peso no mercado de trabalho. São pessoas que prezam conforto e saúde mental. 

Logo, a preferência por ambientes de trabalho menos “engessados”, com regras menos rígidas e a possibilidade de fazer o próprio horário já eram questões que estavam sendo discutidas. 

A pandemia apenas acelerou a flexibilidade de formatos de trabalho. Muitas empresas descobriram como os mais diversos modelos podem funcionar para os colaboradores.

A flexibilidade, seja em horários, seja em ambiente de trabalho, pode aumentar a produtividade da equipe. Além disso, pode gerar mais conforto ao colaborador, o deixando mais motivado.

6- Autogerenciamento

Uma tendência que veio, provavelmente, da flexibilidade, foi a possibilidade do autogerenciamento. É um fator que está bem em alta para 2021. Mas o que significa?

Basicamente, é uma autogestão, em que o colaborador gerencie a própria carreira. Ele tem controle sobre os horários, metas, objetivos etc.

É necessário que o profissional tenha, além das qualificações necessárias para o cargo, muita responsabilidade. Enquanto a empresa dá um voto de confiança para que ele se mostre capaz de se gerenciar.

Espera-se que a autogestão cause uma motivação própria do colaborador.  

As tendências já estão em desenvolvimento. Muitas foram alavancadas pela crise do novo coronavírus. Contudo, as empresas estão em processos de melhorias. O RH é extremamente necessário para todas essas transformações acontecerem, sendo ponte entre colaborador e empresa.  

A saúde mental e bem-estar dos funcionários deve ser preservada, enquanto a empresa não perde qualidade do serviço e produtividade. Os gestores de RH necessitam estar atentos às estratégias para que tudo se mantenha no padrão correto.

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